27 junho, 2006

Reflexões noctívagas

Ali sentados
Onde o tempo parou
Redondo e agreste
Café plantado na noite

Aqui obliquo
De lado,
Entra o ar fresco
Da brisa lá de fora.

No meio do fumo
Saltam tampas
Acendem-se cigarros
Fumam-se pretas
Todas se bebem verdes
Geladinhas,
Boémias repentinas.

Em meados desse momento
Fala-se em perder
Na vida prostituta
Curta e comprida.

Houve desespero,
Um tempero desiludido
Lá se foi tua mãe
Fugiu tua mulher
Pai que nunca chegou
Será pior perder uma mãe?
Ou uma mulher?

Mãe é mulher,
E toda a mulher,
Virá um dia
A ser mãe
Se o quiser.

O Pior ?
O pior mesmo,
É quando nos afecta
E entra porta adentro
Fechamos a porta,
E...
Lá está na janela
Com mil raios !

Aí é a costura do tempo
O fosso cinzento
O ai que me dói !
Ao través dissimulado
Quando me calha a mim.

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