12 junho, 2006

Contradições Áridas

Encontrei um menino
Num campo de flores
pequenino e puro
Soprou-me ao ouvido

Quis ser,
Transparente
Alma branca
Pura fantasia.

Descansar em paz
Em pequenos detalhes
Ver crescer a magia
Dum grande monumento.

Fui Rocha fechada
Temperamento inerte
Desejo fresco
De ser transparente
E medo de me queimar,
Se assim o for.

Interna contradição
Na teoria das desculpas
Enterrada que vens,
Ó mentira salpicada.
.

4 comentários:

Anónimo disse...

Nao podemos ser tao fechados o querer ser o que nao somos... És o que és e sempre seras o queiras ser sempre e quando lutes por isso... oluap

Anónimo disse...

Já tentei comentar este poema mas não consigo.
Se calhar porque não gostei de o ler, embora tenha gostado e muito do poema.
Cá está uma contradição (interna por sinal).
E pronto, já escrevi um não comentário...
O importante é que me fez pensar!

Anónimo disse...

Na 6ª feira fui visitar um parque biológico. Durante a visita fomo-nos cruzando com outras pessoas. Algumas vezes vimos uma menina de 4 ou 5 anos com a mãe.
Ao chegar junto de um espaço que tinha, não eram veados, nem alces, nem gazelas, eram... Pois já não me lembro.
Lá estava a menina entusiasmadíssima a olhar para um daqueles animais que se tinha aproximado. Segredou-me: "Meti a mão lá dentro e ele não me mordeu". (Não era perigoso, porque ele não estava assim tão perto). Voltou a admira-lo com a mesma alegria, até que ele se foi embora.
Ficou tristíssima. Mas pouco depois, para convencer a mãe a prossegui disse: "Não vamos ficar aqui a tarde toda! Já estás aqui há muito tempo."

Achei fantástico, enquanto tinha interesse em estar ali, aproveitou.
Depois ficou triste e achou que o melhor era prosseguir e assim fez.

Para nós, gente crescida, não dar o devido valor aos bons momentos é fácil. Quando alguma coisa corre mal, em vez de prosseguir, somos capazes de "passar ali o resto da tarde".

storaPaula disse...

Não há dúvida, dos poemas que li por aqui, é este o meu preferido (embora goste de o ler no feminino)

Este blog, para além da poesia, traz-me boas recordações. Felizmente, embora de forma sempre diferente, os "motivos" para boas recordações foram-se repetindo nos dois anos seguintes.
Nunca vos disse, mas foi um privilégio muito grande trabalhar convosco.

Costuma-se dizer que há males que vêm por bem. Talvez este seja um desses casos...
Mal: não ter emprego (onde pretendia ter) durante 2 anos depois de terminar o curso.
Não tendo conseguido, acabei por ir procurando alternativas e a sorte também jogou um bocadinho a meu favor.

Nota: mudei o meu nick porque sim e logo a seguir encontrei o meu antigo a ser usado por um movimento recém criado (são as iniciais). Agora já não dá jeito usar por causa das confusões.

Saudações animadas!