05 julho, 2008

Nascer de Novo

Entras em casa
A solidão queima
Tua alma oxida
Na memória
Fracassos ridículos
Em que embarcaste
Quando tudo se foi.

Nada resta na noite
Só esse vazio ermo
Num desespero ácido
Que aqui se acende

De tão frio congela
Queimou tua mansão
Seja ela verdadeira
Ou perfeita ilusão.

Tectos sem paredes
Impávidos e mudos
Olham-te
E nada dizem
Sussurram entredentes
No ranger das portas.

Num latejar irritante
Ressoa a tortura
Dos tambores
Que jamais queres ouvir
Numa áspera podridão.

Tempera com sal
Procura o azeite
Que o vinagre nesta vida
É à borla

Se encontrares açúcar
Guarda-o 
Como as formigas

Dos outros temperos
Guarda os sabores
E vigor nos sentidos
Porque os cheiros voam

Estás perto
É a tua água
É d' onde vens
És de resto tu,
Só tu,
Quem vais.
.

27 junho, 2008

Desconhecido

Desconhecidos ou parentes ?
Estranhos conhecidos

Nem se sabe onde ...

Sabemos tão pouco
E estamos vivos !
.

21 abril, 2008

Luz d' água

Enquanto os meus poemas estão de férias ...

Continuam as ideias brilhantes
Por esse mundo fora.

Luz a partir de água ... Fabuloso :D
.

22 fevereiro, 2008

O mais engraçado nos homens

O mais engraçado nos homens de hoje em dia é que eles gastam toda a sua saúde para ganhar dinheiro, e depois no final de sua vida, gastam todo o seu dinheiro para recuperar sua saúde. E assim, vivem a vida pensando no futuro, e se esquecem do presente, vivem como se estivessem mortos, e morrem como se nunca tivessem vivido…” - Dalai Lama
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21 fevereiro, 2008

N mimada

Certo dia
Quis comprar-te
A um preço certo
Com descontos e tudo
Duma só vez.

Certo dia
Quis comprar-te
A um preço certo
Sem prestações
Duma só vez

Só depois notei
Que eras cara demais
Já nem sobrava nenhum tostão

Menina mimada
De fralda na mão
Sem ela nem sabes viver.

Menina mimada
E o teu biberão
Sem ele nem sabes andar.