Em casa entro
já lá respiras
só mais tarde,
te vejo.
Estranha hora,
errado dia
dei-te
essas chaves.
Agonia sem água
calor amargo
que me atormenta
nestes dias
suados de frio.
Se
na luz do dia,
te desejo.
Em noites
silênciosas
vens,
p'ra jantar.
Vazio
que sentes,
se na rua dormes.
Contigo vem
de mãos dadas
ácido travo
amorfo banquete,
sem luar.
Vesti-te d' açucar,
alkohul em pó,
suguei-te esse sal,
picante líquido tóxico.
Dizes-me :
"amigo"
em visita venho
nessas alturas
doce palavra
consegues matar.
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