06 maio, 2006

Manhã encalhada

Do pouco que sei
Nunca soube nada

Queimei-te a língua
Sequei-te os lábios

Atiraste-me ao canto,
Costura horária
No avesso tempo

Mesmo sendo selvagem
Ofereci-te mel fresco

Envias-me o nada
Embrulhado em vazio

Quis rasgar-te
Nos estilhaços da memória
P'ra te desmembrar

Despido d' outras soluções
Sacudi a Ira,
Enviei-te o silêncio
Cortado em pedaços

Entre entretantos
Vesti-me de luto
P'ra enterrar a desilusão.
.

6 comentários:

Anónimo disse...

... e assim se releva aquele que escreve de uma forma tão bela....

sa.ra disse...

o luto faz-nos bem, mesmo que doa!
:)

beijinho!
belo texto!
tarde/noite feliz!

Anónimo disse...

oh meu maninho! ja pareces um génio poeta sofredor..vira a página, lança o pião..e deixa o teu corpo girar, e frui pelo menos dessa liberdade! até manha, meu irmão

sa.ra disse...

:)
alegria!!!!!!!!


então lobito.... é tempo largar a velha pele e de florir com força!


beijinhos!
feliz fim-de-semana!

Anónimo disse...

Tudo aquilo que sentimos e procuramos encontramos "nas rotas do lobo" basta deixar-te navegar por estas profundezas da poesia do mestre Rainho.
Ao ler estes poemas sinto -me calmo e em paz.

Ohniar disse...

Caro amigo que me chamas de Mestre

Agradeço tuas palavras,
Fico contente de sentires
Essa calma ao ler minhas frases.

Brindo-te ao som duma fresca maresia.