17 dezembro, 2005

O princípio do fim

gnome-art

Como tudo tem o seu tempo,
nasce,
cresce,
desaparece...
tudo a seu tempo.

Desconheço esse tempo
só no fim o sei contar.

Sinto o sabor
do fim desse tempo
que está a desabrochar.

Nem sei como o pensas,
ou se assim o sentes...

Pelas margens desse tempo,
o compasso d' espera...
alonga-se
dia após dia.

E cada vez mais o lobo,
traça o seu caminho
por entre as portas desse tempo
que se entreabriram...
nalgum dia,
e estão prestes a fechar.

Em cada dia,
e todos esses dias
têm uma certeza
existe algo único
mostram-nos o tempo
o seu tempo,
que vai e volta
dia após dia.

Sinto esse cheiro,
do fim desse tempo.

Chega sempre no fim daqueles dias...

1 comentário:

Anónimo disse...

O tempo não se conta, vive-se. Só existe o presente, o momento. Tudo o resto já era... ou será? E o que será? NÃO SABEMOS! esse é o desafio que nos espera, mas deves concentrar-te em cada desafio no momento. Tudo o resto é apenas a forma como contamos a história. E essa só depende da nossa imaginação e desconcentra-nos dos desafios do aqui e do agora, fazendo-nos viver uma vida que não nos pertence e nos faz entrar numa angústia da procura do nosso lugar no mundo. Ele está no momento, no que nele sentimos e expressamos. Doutra forma, de facto, andamos a poupar a nossa felicidade, a roubar a nossa vida até que ela expire de prazo. E depois, para quê chorar sobre o leite derramado?
Para que serve? para curtir o desespero e perder a oportunidade que o "tempo" nos deu para sermos felizes. Beijinhos.
Quanto ao poema em si, gostei!