27 dezembro, 2005

Aquele vazio


Esse Vazio
que te preenche.

corrói-te as entranhas,
perfura-te as veias.

vácuo pertinente
envolto em teu cerne,
congela-te os ossos.

esse nada,
que respiras,
incerto,
inconsciente.

mãos vazias...
furto enfrascado,
ocultas-me tudo.

Sugas-me a alma,
transpiras ilusão,
à socapa inalas,
traição sem cura.

Sustação exasperada,
Ah!
latrocínio forjado
nessa ave d' rapina
camuflada d' abutre.

Assim te senti,
imagem desfocada,
distocida convulsão
cataclismo catalazidor,
dessa inércia.

Inépcia desconcertante.
caótica comparência.

Mais dia,
menos dia
vou-te queimar,
nem o lobo te quer.

Quando te encontrar,
frente a frente,
fervo-te.

Que o amor te leve,
que a alergia te domine,
enjoou-te?
essa harmonia ?

Dei-te tudo,
nevoeiro deslavado,

Infinto !
tens fim?
Leva-me esse vazio,

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