26 abril, 2006
Sabedoria
Ó Senhor Saber,
Areia dia a dia.
Ali ao lado esperas,
A Paciência.
Toleras o incongruente,
Nas esquinas.
Soubeste criar fonte,
De Equilíbrio
Num deserto.
Houve mesmo quem
Ao saber-te assim
Pensasse.
22 abril, 2006
7 Pés 100 Casa
Pé descalço
Gelado chão
Cinco palmos de terra
Obscuros
No calcanhar da noite.
Três pedaços de cartão,
Cobertor imaginário
Na ilusão dos dedos,
Escorrega naco de broa.
Perdes o pé,
Numa miragem
Entre farrapos de rua.
Lavras nas avenidas
Faina do tira tira
Nem trigo nem gente.
Sete pés sem casa
Curas tuas feridas,
No pó do chão.
Gelado chão
Cinco palmos de terra
Obscuros
No calcanhar da noite.
Três pedaços de cartão,
Cobertor imaginário
Na ilusão dos dedos,
Escorrega naco de broa.
Perdes o pé,
Numa miragem
Entre farrapos de rua.
Lavras nas avenidas
Faina do tira tira
Nem trigo nem gente.
Sete pés sem casa
Curas tuas feridas,
No pó do chão.
14 abril, 2006
Ode à Ignorância
Ó Ignorância
Atropelaste o Saber
Numa passadeira.
Choras num beco sem saída,
Tédio desilusão.
Auto-estrada do Aborrecimento
Sentido único do cifrão.
Subiste ao Poder
No cu das elites
A feder Estupidez.
Atropelaste o Saber
Numa passadeira.
Choras num beco sem saída,
Tédio desilusão.
Auto-estrada do Aborrecimento
Sentido único do cifrão.
Subiste ao Poder
No cu das elites
A feder Estupidez.
07 abril, 2006
Cá estou no Navio
Cá estou no Navio
Ao longe mal se vê
Cá dentro perdem-se as medidas.
De dia ao leme
À noite deitado
Roda ele por mim
Na faina diária.
Durante a luz
Meus dedos o movem
Por vezes pára
Atiro a âncora
Lança-se a prancha
Distribuem-se redes.
Salto borda fora
Sem rumo
Aposto no incerto
Vim ver
Vou de visita
Um novo Porto
Só no prazer do sentir
Iça-se a âncora
Na recolha da prancha
Puxam-se as redes.
Embarcam alguns
Ficam outros por momentos
Os restantes vivem lá
Na ilha do Jamais
Poucos permanecem
Na margem das memórias
Novos cheiros coloridos
À deriva no acaso
Cá estou eu no Navio
Ao longe mal se vê.
Ao longe mal se vê
Cá dentro perdem-se as medidas.
De dia ao leme
À noite deitado
Roda ele por mim
Na faina diária.
Durante a luz
Meus dedos o movem
Por vezes pára
Atiro a âncora
Lança-se a prancha
Distribuem-se redes.
Salto borda fora
Sem rumo
Aposto no incerto
Vim ver
Vou de visita
Um novo Porto
Só no prazer do sentir
Iça-se a âncora
Na recolha da prancha
Puxam-se as redes.
Embarcam alguns
Ficam outros por momentos
Os restantes vivem lá
Na ilha do Jamais
Poucos permanecem
Na margem das memórias
Novos cheiros coloridos
À deriva no acaso
Cá estou eu no Navio
Ao longe mal se vê.
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